De
início temos um mandamento de Jesus nos aconselhando a amar nossos inimigos:
“Dá a quem te pedir, e não voltes as costas ao que quiser que lhe emprestes.
Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu,
porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos
perseguem”;(Mateus 5:42-44).
Não
se pode vencer o mal com mal, pois, ódio com ódio gera apenas ódio, só o amor o
pode vencer. Se estamos em um lugar escuro entendemos que apenas a luz pode
clarear o ambiente. Não se pode combater a escuridão aumentando sua proporção.
É necessário luz, só a luz pode combater as trevas. Chegamos a uma compreenção
desse mundo através da Bíblia e da própria realidade que nos revela o amor como
a maior ferramenta de reação e vitória contra o ódio, a violência, a
ignoráncia, o preconceito e as guerras que ameaçam o mundo.
O
ódio deixa a alma e o semblante do ser humano deformado. Prejudica muito a
pessoa que odeia, pois tende a conviver com o coração angustiado, cheio de
rancor, sem paz consigo mesmo e com as pessoas por não ter o coração livre.
A
falta de amor ao inimigo tem marcado gerações e gerações com efeitos maléficos
sobre a pessoa odiada. Só há um antídoto contra esse mal: o perdão. Exemplo
disso tem as terríveis mortes de seis milhões de judeus, logo após a ascensão
de Hitler, pois, para os nazistas, aqueles que não possuíam sangue ariano não
deveriam ser tratados como seres humanos, eram tidos como inimigos.
A falta
de amor está sempre causando vítimas. Conseqüentemente o emissor do mal e seu
receptor estão sendo vítimas dos planos de Satanás que veio matar, roubar e
destruir.
“Devemos
amar os nossos inimigos porque o amor é a única força capaz de transformar o
inimigo em um amigo”.
6.1.1. Amar para ser filho de Deus:
“Para
que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o
seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos”. (Mateus
5:45).
É
difícil realizar a missão para a qual fomos chamados, mas, amar nossos inimigos
nos torna parente direto de Deus. Essa é a realidade, nos tornamos filhos de
Deus por meio do amor, e nos afastamos de Deus por meio do ódio e rancor. Temos
a obrigação de amar os nossos inimigos porque somente os amando podemos
conhecer a Deus e provar sua beleza e tudo que tem.
6.1.2. Para sermos
imitadores de Jesus Cristo.
“Sede,
pois imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como Cristo
também vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a
Deus, em cheiro suave” (Efésios 5:1-2)
Tendo
sido anteriormente surrado pelos judeus, chega agora a vez dos romanos. Os
castigos corporais dos soldados romanos eram muito sangrentos, deixando
ferimentos por todo o corpo. Açoitavam para cortar a carne dos corpos de suas
vítimas. Eram golpes dolorosos ao extremo, podendo ainda causar uma
concentração de líquido em redor dos pulmões. Além disso, uma coroa de espinhos
foi estupidamente encravada em sua cabeça, a qual era capaz de irritar
seriamente os nervos mais importantes da sua cabeça, causando uma dor cada vez
mais intensa e bastante aguda com o passar das horas.
Conforme
afirma o Dr. Frederick Zugibe, médico legista americano, um dos mais
conceituados peritos criminais do mundo,
a perfuração do nervo médio das mãos por um cravo pode causar uma dor tão
incrível que nem sequer a morfina ajudaria, uma dor intensa, ardente e
horrível, como relâmpagos atravessando o braço até a medula espinhal. A ruptura
do nervo plantar do pé com um cravo teria um efeito horrível e semelhante.
O
médico legista afirma ainda que a causa da morte de Jesus foi parada
cardiorrespiratória decorrente de hemorragia e perda de líquido corpóreos
(choque hipovolêmico), isso combinado com choque traumático decorrente dos
castigos físicos a ele infligidos
Por
tudo que Jesus passou antes e durante a crucificação, não deixou de provar seu
amor. Ele nos ensinou a amar aos inimigos e tornou-se o nosso maior exemplo.
Motivos teve, de sobra, para revidar as perseguições dos inimigos. como:
discriminação, acusação, falsidade, traição e muitas outras maldades, sem
contar que tiraram-lhe a própria vida da forma mais cruel que existia na época,
a crucificação.
Mesmo
na hora da morte seu coração estava liberando perdão e misericórdia. “Quando
chegaram ao lugar chamado Caveira, ali o crucificaram, a ele e também aos
malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus, porém dizia: Pai,
perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem. Então repartiram as vestes dele,
deitando sortes sobre elas” (Lucas 23:33, 34).
Assim
como Jesus, temos motivos suficientes para revidar as situações, “pagar com a
mesma moeda”. Mas Ele venceu o mal com o bem. Além de ver-se traído por seus
irmãos e sofrer a dor da morte, continuou amando e foi vitorioso nisto.
6.1.3. Para
não sermos semelhantes aos farizeus.
“Bem-aventurados
sereis quando os homens vos odiarem, e quando vos expulsarem da sua companhia,
e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como indigno, por causa do Filho do
homem. Mas a vós que ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos
odeiam” (Lucas 6.22; 27).
Mas
quem são nossos inimigos? Até agora temos visto Jesus declarar que são os
homens que nos odeiam, exclue-nos, amaldiçoam-nos e tratam de infame ou maligno
o nosso nome por causa de d'Ele. São a esses inimigos que o Metre Jesus nos
intima a amar, garantindo-nos que isto só nos fará bem, mesmo quando tramam o
mal contra nós.
Uma pessoa
pode tornar-se inimiga apartir do momento que trama o mal contra alguém. Quando
torna-se opositora do bem e da pessoa, procurando maneiras de destruir a imagem
do outro.
Normalmente
o ciúme e a inveja tem sido as ferramentas de Santanás para fazer guerra entre
as pessoas. Contudo, há uma prova de que realmente somos cristãos e queremos
morar com Jesus: abençoar quem nos persegue e agirmos em oposição ao mal
praticando o bem, independente de quem seja o inimigo (Romanos 12:17-21;Pv.
25.21,22).
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